O último dia do Rali da Sardenha para o piloto apoiado pela TMN foi a controlar, até porque “o carro dava alguns sinais de cansaço. A estratégia de controlar poderia também dar-nos algo mais, pois os dois primeiros estavam numa luta muito intensa e existia a possibilidade de colhermos os frutos se eles tivessem problemas. Conseguimos mais um bom resultado, que nos permite continuar a lutar pelo título e é isso que vamos procurar fazer até ao final do ano, sabendo que a nossa tarefa não é fácil, pois estamos a lutar com dois campeões do mundo e apoiados por belíssimas equipas. Mas vamos prepararmo-nos o melhor possível para os ralis que faltam, a começar já pela Grécia dentro de três semanas”, afirma.
A temporada de Armindo Araújo está a ser excelente, com dois pódios, para além da espectacular vitória em Portugal. “De facto está a ser um ano muito bom. Temos conseguido sempre boas pontuações. Ganhámos a jogar em casa e para além disso conseguimos um segundo lugar em Chipre, terceiro agora na Sardenha e a quarta posição na Noruega e tirando esse rali estivemos sempre na luta pela vitória. Ontem sem o problema com o apoio do braço da suspensão estaríamos na discussão com o (Patrik) Sandell e com o Nasser (Al-Attiyah). Este foi um rali com um ritmo muito elevado e vamos ver como correm as coisas agora na Acrópole, mais um evento muito duro, devido ao calor e aos pisos demolidores, sabendo que queremos lutar pela vitória. Precisamos também que a estrelinha da sorte esteja do nosso lado, pois ao ritmo a que se está a andar qualquer pequeno problema, como o que nós tivemos, pode fazer a diferença”, frisou o tirsense.
Numa altura em que era um confortável quinto classificado, a apenas uma especial do final do rali, eis que o azar voltou a bater à porta de Bernardo Sousa que não logrou concluir a última especial de classificação da prova italiana, devido a um problema com a transmissão do Punto Abarth S2000. Bernardo Sousa não teve sorte nesta prova. Problemas na 2ª etapa afastaram-nos dos primeiros classificados, tendo no entanto o 5º lugar do PWRC consideravelmente seguro. Só que não completou o derradeiro troço da prova devido a "problemas de transmissão que estávamos novamente a sentir, este talvez ainda em consequência do problema que tivemos ontem e que não foi possível resolver a 100%. Pouco mais de 1 km do derradeiro troço tivemos de abandonar."
Loeb, campeão mundial nas últimas cinco épocas e vencedor das cinco primeiras provas deste ano, terminou o rali em terceiro, mas acabou por cair para quarto após ser penalizado em dois minutos, por o seu co-piloto, Daniel Elena, ter rodado momentaneamente numa classificativa sem o cinco de segurança colocado. A penalização foi imposta a Loeb na sequência de um inquérito dos comissários desportivos a um incidente ocorrido sábado, na 11.ª classificativa, onde o francês furou um pneu do seu Citröen C4. As imagens captadas pela câmara de vídeo colocada a bordo do carro mostram que, antes de mudar a roda em tempo recorde - cerca de um minuto -, Daniel Elena desapertara o cinto de segurança com o carro em andamento, o que é proibido pelos regulamentos, preparando-se para sair com o macaco na mão.
Comentários
Enviar um comentário