Numa conferência de imprensa realizada hoje pela manhã em Munique, a BMW confirmou oficialmente que vai retirar a sua equipa do Mundial de Fórmula 1 no final desta temporada, uma decisão que resulta de uma nova direcção estratégica do construtor alemão. De acordo com o Dr. Norbert Reithofer, presidente da administração da BMW, esta decisão surge na sequência do realinhamento da estratégia futura da empresa, da qual a Fórmula 1 não faz parte.“Claro que foi uma decisão difícil para nós. Mas é um passo determinado com vista ao realinhamento estratégico da nossa empresa”, explicou Norbert Reithofer, presidente da BMW, em comunicado. Já Dr. Klaus Draeger, chefe da divisão de desenvolvimento, disse que "foram precisos três anos para nos tornarmos uma equipa competitiva. Infelizmente, este ano os resultados não têm sido aquilo que esperávamos. De qualquer forma, os dez anos que passámos na F1 tiveram um grande impacto nos nossos engenheiros de desenvolvimento. Fomos para as corridas também devido ao espírito competitivo que nos move no desenvolvimento dos carros do dia-a-dia.", referiu
A BMW abandona a F1, depois de três anos em que conseguiu apenas uma vitória em 63 Grandes Prémios. Este ano, temporada em que aspirava a lutar pelo título, a escuderia alemã somou apenas oito pontos e seguindo uma velha a tradição da marca, que não fica num campeonato quando começa a perder. A BMW é, assim, o segundo grande construtor a abandonar a F1 em poucos meses, depois de a Honda ter acabado com a sua equipa em Dezembro. A não ser que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) convide outra escuderia, o abandono da BMW deixará a F1 com 12 equipas em 2010, já que foram aceites três novas formações (Manor, Campos e USF1).
A BMW registou uma quebra nas vendas a nível mundial de 19,5% nos primeiros seis meses do ano, ou seja para um total de 615.454 carros. Só em Junho, o recuo foi de 12,7%.
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