A segunda corrida de Valência teve desfechos diferentes para a Ocean Racing Technology. Álvaro Parente estava nos lugares do pódio, mas acabou posto fora da corrida por Edoardo Mortara, que numa travagem mal calculada abalroou o monolugar do português, na luta pelas primeiras posições. Já Karun Chandhok fez uma das melhores corridas da temporada. Depois de partir de 21º, o indiano protagonizou uma recuperação brilhante até ao 6º lugar da classificação geral, o que demonstra bem o ritmo competitivo da equipa portuguesa.
Foi o português Álvaro Parente o primeiro a dar sinais do excelente momento da Ocean. Com uma partida espectacular, o piloto saltou do 5º lugar directamente para a discussão dos lugares do pódio. Na curva 2, Parente acabaria por ter de levantar o pé para evitar os carros de Kamui Kobayashi e Luca Filippi, depois de um toque entre os dois, o que o atrasou para 6º. À quinta volta, o Ocean nº25 já 3º e mostrava ser o mais rápido dos homens da frente. Após uma bandeira amarela e saída do safety car, uma manobra pouco prudente levou Edoardo Mortara a abalroar o carro do português, o obrigou à desistência de Parente. Era o fim daquela que tinha tudo para ser uma das melhores corridas da temporada: "É uma daquelas situações de corrida que foge completamente ao nosso controlo e é uma pena porque tínhamos o pódio perfeitamente ao nosso alcance. Funcionou tudo bem, a partida foi a melhor deste ano e se não tenho ido por fora poderia ter saltado para 1º porque evitava aquela confusão nas duas primeiras curvas. Mas depois a situação é demasiado frustrante para poder ser explicada. É daqueles momentos em que não há nada a fazer. A manobra do Mortara foi pouco prudente. A ele valeu-lhe uma passagem pelas boxes, a mim custou-me a corrida e, possivelmente, um dos melhores resultados da equipa," lamentou Parente que assim sai de Valência com um 4º lugar na primeira corrida.
Karun Chandhok também deu provas do excelente momento da Ocean. Depois de uma primeira corrida em que foi obrigado a desistir depois de um toque de Davide Valsechi, o indiano fez uma recuperação brilhante desde 21º. Na segunda volta Chandhok já era 13º e à oitava volta o piloto da Ocean alcançava o 9º posto. Até à bandeira de xadrez foi sempre uma corrida ao ataque e entre carros particularmente competitivos. Nas últimas voltas, Chandhok resisitiria de forma brilhante aos ataques de Davide Rigon, o que lhe permitiu manter o 6º lugar, numa corrida em que o safety car esteve por três vezes no traçado: "Foi uma corrida muito interessante porque mostrámos que estamos competitivos. Num circuito citadino e com tantas intervenções do safety car era impossível fazer melhor. Por um lado é um bom sinal, mas por outro também frustrante, porque demonstra que, se tenho terminado a primeira corrida nos pontos, teria todas as condições para sair daqui com dois excelentes resultados. Sabemos que estamos no caminho certo. Acho que já tivemos a nossa dose de episódios de falta de sorte, por isso espero que nesta recta final do campeonato tenhamos oportunidade de traduzir em resultados a nossa performance," disse Chandhok.
As últimas três rondas da GP2 Series decorrem no espaço de um mês. Já no próximo fim-de-semana o campeonato estará no mítico circuito de Spa- Francochamps, Bélgica, onde mais uma vez partilhará a pista com o Campeonato do Mundo de Fórmula 1.
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