Vitória de Raikkonen em Spa no fim de semana de Fisichella e da Force India

Ao 12.º Grande Prémio, a Ferrari conseguiu a primeira vitória da temporada. Uma prova sensacional de Giancarlo Fisichella deu o segundo lugar no pódio e os primeiros pontos à Force India. Finalmente a vitória para a Ferrari este ano, naquela que é a 18ª vitória de Kimi Raikkonen na sua carreira. O destaque, contudo, tem de ir todo para Giancarlo Fisichella, que depois de obter a pole-position, logrou conseguir um segundo lugar em que poucos apostavam, só perdendo para Kimi Raikkonen, sendo passado ainda na primeira volta depois da saída do safety-car, na sequência do acidente que colocou de fora quatro pilotos em Les Combes, devido ao KERS, que o finlandês utilizou para passar o italiano. A partir daí, as diferenças nunca foram muito grandes, com Raikkonen a controlar, mas tendo sempre o italiano por perto. No final da corrida Kimi Raikkonen era um homem feliz: “Não foi um ano fácil para nós. O meu objectivo era ganhar pelo menos uma corrida e manter a equipa em terceiro no Mundial. Não fomos os mais rápidos, mas no geral conseguimos manter toda a gente atrás de nós. Esperemos conseguir bons resultados depois desta corrida”. Já Giancarlo Fisichella acreditava que a vitória era possível para a Force India: “Estive mais rápido que o Kimi e estou um pouco triste por isso. Tínhamos exactamente a mesma estratégia. Foi bom ter terminado em segundo, a apenas um segundo do vencedor, mas podíamos ter ganho a corrida”, manifestou.

O jovem alemão Sebastian Vettel (Red Bull) foi terceiro e subiu ao pódio pela sexta vez esta temporada, somando seis preciosos pontos que lhe permitem ultrapassar o companheiro de equipa Mark Webber no terceiro lugar do Mundial de pilotos. Vettel imprimiu um bom andamento em pista, e aproveitou bem a passagem pelas boxes para suplantar os seus adversários, e com isso voltou a reassumir a terceira posição no Mundial, na frente do seu companheiro de equipa Mark Webber, que não foi além da nona posição, em parte por culpa da equipa, que o libertou das boxes cedo demais, quase abalroando o BMW de Nick Heidfeld, o que resultou num 'drive-trought' para o australiano, e com isso as hipóteses de uma boa classificação. Robert Kubica foi quarto, na frente de Nick Heidfeld, o melhor resultado de conjunto do ano para a BMW-Sauber. Heikki Kovalainen (McLaren-Mercedes) foi sexto na frente de Rubens Barrichello (Brawn-Mercedes), que partiu mal, e nunca esteve em posição de beneficiar muito da desistência de Jenson Button. O piloto brasileiro, aliás, esteve à beira de ser obrigado a abandonar a poucos metros da linha de meta quando o motor do seu Brawn começou a soltar bastante fumo, dando a ideia de que iria partir a qualquer instante. Das boxes, o piloto brasileiro recebeu a indicação de que tratava apenas de uma fuga de óleo pelo que pôde cruzar a linha de meta, mas não sem ter sofrido certamente um enorme susto perante a expectativa de ver cair por terra todo o seu esforço.



O italiano Jarno Trulli (Toyota), que saiu ao lado de Fisichella, teve de abandonar no decorrer da corrida. Também Fernando Alonso (Renault) foi forçado a desistir na Bélgica, mais uma vez devido a problemas mecânicos. Numa ida à “box”, o piloto espanhol perdeu mais de meio minuto (era terceiro e cai para 14.º) por causa de um problema na roda dianteira esquerda. Alonso ainda regressou à corrida mas a equipa comunicou-lhe pelo rádio que teria de regressar à “box” e abandonar.

Um erro de Jenson Button (Brawn) logo na primeira volta obrigou ao primeiro abandono do ano para o líder do Mundial. Lewis Hamilton (McLaren), Jaime Alguersuari (Toro Rosso) e Romain Grosjean (Renault) também tiveram que se retirar do Grande Prémio da Bélgica.“Tive um arranque muito bom, consegui subir quatro posições. É frustrante ter de abandonar”, disse Jenson Button. Já Lewis Hamilton lamentou o “mau início”. “Tentei recuperar mas fui atingido pelo Jenson [Button]. Fui um dia daqueles”, acrescentou o campeão em título.

Nas contas do Mundial, o prejuízo do primeiro abandono da temporada para Jenson Button acaba por não ser significativo. O piloto britânico viu encurtar a vantagem para o companheiro de equipa Rubens Barrichello em dois pontos, cifrando-se agora em 16. Vettel (Red Bull) subiu ao terceiro lugar, a 19 pontos de Button, quando falta disputar cinco corridas. O Grande Prémio de Itália, em Monza, é a próxima prova, a 13 de Setembro.

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