A Ocean Racing Technology terminou da melhor forma três dias de testes no circuito de Paul Ricard, em França. No primeiro teste colectivo depois do fim da GP2 Asia, a equipa portuguesa começou por sentir alguns problemas nos dois monolugares, mas conseguiu ultrapassar as dificuldades. Na sessão da tarde de quinta-feira Fabio Leimer foi o terceiro mais rápido. Max Chilton tinha todas as condições para acompanhar o tempo do suiço, mas uma tarde marcada por vários acidentes de outros pilotos e seis bandeiras vermelhas, impediram Chilton de se colocar no top 5. Mas o tempo obtido por Fabio Leimer, a apenas 24 centésimos da melhor marca, é a prova do trabalho desenvolvido pela Ocean desde terça-feira. Leimer assume que só no última sessão é que a equipa pode experimentar afinações, visto que até aí os problemas que se intrometeram acabaram por comprometer a evolução do carro. Mas para o jovem piloto, os indicadores obtidos no circuito francês são animadores: "Finalmente estamos no bom caminho. Depois de dois dias e meio de problemas pudemos trabalhar o carro. Antes tinha acontecido de quase tudo: problemas de motor, problemas com os travões que bloqueavam, e outros que nos obrigaram a perder muito tempo para pôr o carro em condições. Finalmente na tarde de quinta-feira as coisas compuseram-se e quando conseguimos começar a evoluir os tempos começaram a baixar. Por isso, estou satisfeito. Sei que podemos encarar o próximo teste com confiança. Em Barcelona, será possível dar continuidade a este trabalho, experimentar afinações de qualificação e corrida e melhorar ainda mais a performance, até porque vou ganhar mais experiência no carro," disse Leimer. Max Chilton teve a mesma evolução que Leimer, com problemas nos dois primeiros dias. Só que o Britânico não chegou a ter oportunidade para mostrar a performance do carro. Na última sessão, uma sequência de acidentes levou a seis interrupções, o que impediu Chilton de baixar os tempos. O próprio piloto assegura que, com a pista aberta e sem interrupções, estaria entre os primeiros: "Os teste começaram mal mas acabaram bem. Espero que os azares tenham ficado em Paul Ricard. E foi uma pena a tarde ter sido tão acidentada, porque não consegui melhorar o meu tempo. Sei que tinha ritmo para acompanhar os mais rápidos e isso dá-me confiança para o próximo teste, onde quero provar que somos uma das equipas a ter em conta para a GP2 Series," garantiu Chilton. Tiago Monteiro e José Guedes mostram-se satisfeitos com o trabalho realizado. Os Team Principals da Ocean assinalam também o progresso dos dois jovens pilotos, que se estreiam na GP2 Series. Tiago sublinha que ainda há muito trabalho pela frente: "Temos de trabalhar muito em Barcelona, porque na prática acabámos por ter pouco tempo para evoluir em Paul Ricard. Dos problemas mecânicos que tivemos, muitos são impossíveis de evitar, mas obrigam a estar nas boxes. Finalmente, a última sessão já nos permitiu melhorar a performance. Os pilotos estão a evoluir muito bem e o Max (Chilton) só não está a par do Fabio (Leimer) devido aos incidentes que obrigaram a interromper a sessão. Mas a equipa está de parabéns pelo trabalho realizado," concluiu Tiago. Dentro de duas semanas a caravana da GP2 volta a testar no Circuito da Catalunha, em Espanha, naquela que será a última oportunidade para evoluir os carros, antes do arranque da GP2 Series a 8 de Maio, também em Barcelona.
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