No fim-de-semana de 25 e 26 de Junho, Ypres será o próximo destino do Intercontinental Rally Challenge, que atrai mais pilotos internacionais a cada prova que passa. Desde a primeira edição do IRC, o rali belga tem sido um dos mais competitivos do campeonato e a vitória coube sempre ao Peugeot 207. Para a Peugeot Sport Portugal será mais uma première num terreno estranho e único, frente a uma lista invejável de 103 (!) equipas. Num pelotão bem recheado de máquinas e pilotos candidatos à vitória sobressaem os 25 carros da categoria S2000. A Peugeot, interessada em manter a invencibilidade, terá o maior contingente com 11 207 Super 2000, entregues a pilotos como Kris Meeke, Stephane Sarrazin, Luca Betti, Bruno Magalhães e Thierry Neuville. A Skoda alinha com oito carros e Juho Hanninen, Jan Kopecky, Freddy Loix e Bernd Casier, entre outros. A Proton leva três S2000, com destaque para a aparição de Chris Atkinson e de Alister McRae. A Ford terá Andreas Mikkelsen ao volante de um dos seus três carros. Se juntarmos os rápidos pilotos locais, a dupla Bruno Magalhães/Carlos Magalhães tem à sua espera um desafio difícil e empolgante. Na Bélgica, as equipas encontrarão pisos rápidos e por vezes muito estreitos, onde não será tarefa fácil manter o carro na estrada e onde o mínimo erro pode ser fatal. Com um total de 291,28 km de percurso, Ypres promete surpresas. Ao longo das 19 classificativas que compõem o rali, os pisos escorregadios e traiçoeiros irão dificultar a missão das equipas em chegar ao final, pelo que classificação pode ser uma incógnita até ao derradeiro metro. Carlos Barros sabe que esta vai ser mais uma prova de fogo para o jovem campeão nacional, Bruno Magalhães: “Tendo em conta a especificidade e a complexidade deste rali, a forte lista de inscritos, e sabendo que o Bruno e o Carlos estão, mais uma vez, perante uma prova inteiramente nova, o objectivo será dar o nosso melhor, tentar andar o mais rápido possível e conseguir não cometer qualquer erro, para que possamos chegar ao fim sem problemas.” Num rali tão difícil e desconhecido, a lição deve ir bem estudada pelo homem atrás do volante do 207 Super 2000 da formação portuguesa: “Pelo que tenho visto nos vídeos de outras edições do Rally de Ypres, estaremos perante um piso de alcatrão totalmente diferente do que estamos habituado, o que nos obrigará a afinações diferentes. As classificativas são em zonas agrícolas e passam literalmente pelo meio dos campos, onde o alcatrão está em mau estado, o piso muito sujo e escorregadio. É isso que torna a estrada muito traiçoeira. As zonas rápidas e estreitas que definem este rali são armadilhas para os pilotos, pelo que a concentração e a precisão de condução têm de ser absolutas”. O piloto oficial da Peugeot Portugal está naturalmente entusiasmado com o conceituado encontro belga, que junta pilotos do mais alto nível: “É, sem dúvida, uma das provas míticas da Europa e a lista de inscritos é impressionante. Contar com 25 Super 2000 à partida e com nomes tão prestigiados no mundo dos ralis é um excelente aperitivo para o que deverá ser um grande rali.”, concluiu.
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