O alemão Sebastian Vettel (Red Bull) venceu hoje o GP da Europa de Fórmula 1, em Valência, Espanha, nona prova do Mundial da modalidade, superiorizando-se aos McLaren dos britânicos Lewis Hamilton e Jenson Button. "Estou muito contente por voltar a ganhar. Foi uma corrida intensa, na qual a concentração foi fundamental, mas me alegro mais pelo facto de que não aconteceu nada com Mark. Foi incrível, mas devemos comemorar que nada grave aconteceu", apontou. Vettel comentou que se sentiu aliviado por não perder a liderança quando o safety-car entrou na pista por causa do acidente de Webber, o que fez sumir a vantagem que tinha antes disso sobre o segundo colocado, o inglês Lewis Hamilton. "Eu tive um pouco de medo porque não sabia onde estavam os outros carros", apontou Vettel, que conseguiu respirar quando o piloto de McLaren teve que fazer um drive-through por ter ultrapassado o safety-car. A corrida ficou marcada pelo então aparatoso acidente de Mark Webber (Red Bull), que, na oitava volta, embateu violentamente na traseira do monolugar de Heikke Kovalainen (Lotus), quando circulava a grande velocidade. O carro de Webber levantou voo, capotou, voltou a endireitar-se, acabando por sair descontrolado por uma escapatória onde foi embater com violência nas barreiras de proteção. Apesar do aparato e da destruição do carro, o piloto abandonou o monolugar pelos seus próprios meios. O Safety-Car entrou em pista para permitir a limpeza desta, lançando a confusão. Os quatro pilotos da frente – Sebastien Vettel, Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Felipe Massa – já tinham passado a linha de meta quando a corrida foi neutralizada, o que os obrigou a dar mais uma volta antes de entrarem nas boxes, ao contrário dos seus perseguidores que entraram massivamente no pit-lane. Vettel manteve a liderança sem problemas, mas Hamilton, para continuar no segundo posto, ultrapassou o safety-car, ao contrário dos homens da Ferrari. Alonso e Massa perderam muitos lugares, ficando arredados da vitória, ao passo que o inglês da McLaren sofreria um drive-through, que acabou por compensar, uma vez que, Kamui Kobayashi – que só realizou a sua troca de pneus na quinquagésima terceira volta mantendo-se no terceiro lugar – susteve os restante pelotão, permitindo ao inglês ganhar a vantagem suficiente para continuar no segundo posto. A corrida dos Ferrari foi estragada pela entrada do safety car em pista na sequência do acidente de Mark Webber, o que deixou Fernando Alonso no nono posto e Felipe Massa em 15º. Em declarações ao canal espanhol La Sexta, Alonso foi perentório: "É uma vergonha, não por nós, pois isto são corridas e estas coisas do safety-car entrar quando é pior para nós acontece, mas pelos adeptos que pagaram bilhete e viram uma corrida manipulada. O Hamilton passou o safety-car, algo que eu nunca tinha visto, passando o carro médico sob bandeiras amarelas. Com tudo isto ele termina em segundo e eu em nono. Mas as coisas são assim e infelizmente parece que a um permitem tudo.", concluiu Alonso.
Atrás de Jenson Button, na quarta posição, ficou Rubens Barrichello (Williams), que atingiu assim o melhor resultado da época para a sua equipa. Entretanto, Jenson Button, Rubens Barrichello, Nico Hulkenberg, Robert Kubica, Vitaly Petrov, Adrian Sutil, Sebastien Buemi, Pedro de la Rosa e Vitantonio Liuzzi foram penalizados com cinco segundos pelos comissários desportivos, dado terem excedido a tempo dado pela direcção de corrida para completarem uma volta, quando o safety-car entrou em pista. Com estas penalizações, Fernando Alonso ascende ao oitavo lugar, por troca com Sebastien Buemi, e Nico Rosberg sobre ao décimo posto, garantindo o derradeiro ponto, apesar de uma corrida desastrosa para a Mercedes. Com este resultado, Lewis Hamilton dilatou um pouco mais a margem que detinha para o segundo classificado no Mundial, que continua a ser Jenson Button, que agora dista seis pontos do líder. Sébastian Vettel é agora terceiro, a 12 pontos de Hamilton. Logicamente, sem pontuar, Webber caiu para quarto, com 103 pontos, portanto já a 24 pontos de Hamilton.
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