À quarta foi de vez. O belga Freddy Loix, ao volante de um Skoda Fabia S2000, é o grande vencedor da 51.ª edição do Rali Vinho Madeira, naquela que é a sua quarta participação. No final referia: "É simplesmente fantástico. Acho que tive uma prova regular e de ataque de princípio ao fim. Foi uma vitória muito especial, nesta que é a minha quarta participação. Os Skodas são, neste momento, os melhores ao nível de ERC e IRC". Além da conquista do belga, a equipa checa da Skoda Fabia conseguiu também a sua primeira vitória numa primeira participação, além de colocar os seus três carros nos lugares do pódio. Jan Kopecky foi segundo e também no final comentava: "Estamos todos felizes. Uma primeira participação aqui e um segundo lugar é gratificante para a equipa e para nós. Agora vamos continuar a trabalhar no futuro destes carros e de mais resultados destes". Juha Hanninen foi terceiro, num fim-de-semana inesquecível para a Skoda. Freddy Loix ganhou 14 das 21 classificativas e só perdeu a liderança por duas vezes para o italiano Luca Rossetti, que acabaria por desistir durante o dia de ontem. Além dos três Skodas, outros três pilotos estiveram em destaque nesta prova. São os casos de Miguel Nunes e Vítor Sá, ambos num Peugeot 207 S2000, e Filipe Freitas, este ao volante de um Mitsubishi Evo X, respectivamente quarto, quinto e sexto da geral. O piloto da Tomiauto teve um rali sem problemas, ao contrário de Sá que teve um rali cheio de “azares”… Mesmo assim, é um excelente resultado tanto para Nunes como para Sá. Filipe Freitas optou pela regularidade e acabou por colher muitos frutos. Chegou ao sexto lugar graças a várias desistências. Com os melhores madeirenses a serem igualmente os melhores portugueses, apenas o continental Pedro Peres chegou a um resultado meritório para aquela que é a sua primeira participação por cá. O nono lugar é um prémio para este piloto. Ainda no top-10 ficaram João Magalhães, João Silva e Ricardo Moura. O britânico Kris Meeke foi forçado a desistir após a conclusão da 17.ª classificativa. Um problema no motor deitou por terra todas as aspirações que o piloto da Kronos ainda tinha em vencer o IRC. O responsável pela equipa referiu que "é uma grande decepção para Kris, pois ele vinha lutando desde o início do rali. Estava a realizar uma excelente prova para as condições que enfrentou este rali, com uma concorrência forte".
Bernardo Sousa arranca quatro pontos do Rali Vinho Madeira
Os actuais líderes do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), Bernardo Sousa e Nuno Rodrigues da Silva conseguiram arrancar quatro pontos da 51.ª edição do Rali Vinho Madeira fruto da participação no Super Rali efectuado no derradeiro dia da competição. Depois de uma desistência na 5.ª Prova Especial devido a um incêndio na dianteira do Ford Fiesta S200 que afastou prematuramente os comandantes do nacional de ralis de poderem continuar em prova e consequentemente amealharem o maior número de pontos possíveis em disputa, Sousa e Rodrigues mostraram porque razão estão à frente do CPR. Limitados às circunstâncias técnicas, ainda assim conseguiram brilhantemente obter um espectacular segundo posto no quadro dos inscritos da modalidade recebendo nas ruas do Funchal enorme salva de palmas do publico presente não poupando elogios à dupla portuguesa. Cumpridos os dois dias de rali, o piloto madeirense não estava totalmente satisfeito com o desenrolar da prova: "Esperava mais deste rali. Muito mais. De qualquer forma, depois da extraordinária recuperação do carro efectuada pela magnífica equipa de mecânicos do Team Ford Quinta do Lorde, só posso estar feliz por ter conquistado mais pontos para o nosso objectivo final, que é, recordo, sermos campões nacionais absolutos". A este propósito sublinhou: “Oxalá possamos no próximo rali, em Setembro, no centro de Portugal, conquistar pontos suficientes para comemorarmos já o campeonato. Não vai ser fácil. A concorrência está apertada, mas vamos dar tudo para no próximo mês agarrarmos a oportunidade", disse confiante num excelente desempenho. Quanto ao acidente de ontem, confessou: “Faltam-me palavras para perceber como tudo aconteceu. O facto que o fogo surgiu do meio do nada, sem que qualquer explicação plausível. Na altura estavamos controlar os nossos adversários, incutindo um andamento consistente e rápido. Aliás, conseguimos estabelecer a quinta melhor marca na segunda Especial do rali, mas como já é de conhecimento público, o incêndio apareceu.., destruiu por completo a cabelagem dos componentes electrónicos", explicava ainda esmorecido virtual comandante do CPR, que de imediato viria acrescentar: “Quero agradecer publicamente o gesto de ‘fair-play’ do Vítor e do seu navegador. Não se importaram com o resultado, não tendo qualquer problema em parar o carro e ajudar-nos a apagar o fogo”, afirmou à chegada à Avenida Arriaga.
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