Na sequência de um “convite irrecusável” por parte de uma nova e ambiciosa estrutura internacional, Carlos Sousa vai regressar ao continente sul-americano em Janeiro do próximo ano para disputar o seu 13º Dakar. A apresentação oficial do procjeto acontece já no próximo mês de Setembro, altura em que o piloto vai também iniciar os primeiros testes no terreno com o seu novo carro. Pela 13ª vez na sua carreira, segunda no continente sul-americano, Carlos Sousa vai apresentar-se, em Janeiro do próximo ano, à partida do maior rali do mundo, agora para integrar uma nova estrutura que será oficialmente apresentada no próximo mês de Setembro. Depois de já ter representado as equipas oficiais da Mitsubishi, Nissan e Volkswagen, o mais bem-sucedido piloto nacional de todo-o-terreno regressa em 2012 ao Dakar para representar as cores de um novo e ambicioso projecto internacional cujos contornos serão revelados muito em breve. “Confesso que foi um convite algo inesperado, mas que surgiu na altura certa,proporcionando-me a possibilidade de regressar ao Dakar integrado numa estruturaaltamente profissional. Ser escolhido para fazer parte desta nova equipa é um motivo de grande orgulho, sobretudo quando o leque de escolhas era tão vasto", explica Carlos Sousa. “Neste momento, não estou ainda autorizado a revelar muitos pormenores acerca do projecto. Garanto apenas que será uma boa surpresa, pois trata-se de uma marca que pretende projectar-se internacionalmente, apostando para tal no todo-o-terreno e no Dakar em particular”, acrescenta o piloto. Embora com um palmarés invejável no Campeonato português, onde ostenta quatro títulos absolutos e um recorde de 21 vitórias à geral, é no plano internacional que as conquistas de Carlos Sousa atingiram um outro patamar de notoriedade, bastando recordar que foi o primeiro piloto português a vencer uma prova pontuável para a Taça do Mundo e a garantir um título mundial, além de dois europeus e um ibérico. Porém, foram as sucessivas participações no Dakar a conferirem-lhe, em definitivo, o actual estatuto desportivo e a enorme notoriedade junto do público português e internacional. Desde a sua estreia em 1996, Carlos Sousa conta já 12 participações no maior e mais mediático rali do mundo, exibindo como melhor resultado um 4º lugar alcançado em 2003. Sublinhando a sua enorme regularidade, atingiu o palanque final por 11 vezes em 12 possíveis, oito das quais classificado no top-10, vencendo pelo meio cinco etapas à geral. Para 2012, e tal como ambicionado pela sua nova equipa, os objectivos passam por terminar num dos 10 primeiros lugares: “Embora sem ter ainda guiado o novo carro com que a equipa se apresentará nesta prova, acredito que será uma meta possível de alcançar”, analisa. "Apesar da juventude do projecto, estou altamente motivado e ansioso por começar a trabalhar com a equipa que, entretanto, já definiu um plano rigoroso de testes, com início já em Setembro”, revela ainda o piloto que, por essa razão, se vê forçado aabdicar da luta pelo campeonato português. “Não foi uma decisão fácil, mas a verdade é que era de todo impossível conciliar a minha participação nas duas próximas provas com o desenvolvimento do novo carro e outros compromissos já assumidos com a equipa. Fiz um grande investimento pessoal para poder regressar este ano ao Campeonato português, pelo que ninguém mais do que eu lamenta esta decisão. Contudo, face a um convite destes, não podia deitar tudo a perder”, esclarece Carlos Sousa, semafastar a hipótese de poder ainda alinhar na 25ª edição da Baja Portalegre, este anopontuável para a Taça do Mundo FIA de Todo-o-Terreno.
Comentários
Enviar um comentário