Dani Pedrosa cruzou a meta em primeiro no que foi um Grande Prémio do Japão repleto de drama onde apenas os dois primeiros do Top 7 não fizeram incursões por fora de pista, nem sofreram penalizações de passagem pela via de boxes. "Estou muito contente com esta vitória, pela equipa que tem trabalhado tão bem, pela HRC porque é a primeira vitória em Motegi com a Repsol Honda Team e por mim porque foi o meu primeiro triunfo aqui no MotoGP depois já ter ganho nas 125cc e 250cc. A corrida foi estranha no início, com o Stoner e o Dovi muito rápidos nas primeiras voltas; eles fugiram e depois o Casey teve um problema e o Andrea foi penalizado pela falsa partida. Estava sozinho na frente com o Lorenzo a aproximar-se, mas tentei concentrar-me e dar o máximo para me isolar. Estou contente porque nesta pista tenho um misto de bons e maus resultados e algumas lesões, pelo que voltar um ano mais tarde e ganhar no MotoGP é fantástico." O GP começou com o homem da 'pole', Stoner, a disparar para a primeira curva à frente do pelotão, enquanto o companheiro de equipa Dovizioso fez falsa partida desde a primeira linha, o mesmo se passando metros atrás com Marco Simoncelli (San Carlo Honda Gresini Team) e Cal Crutchlow (Monster Yamaha Tech 3). Valentino Rossi, da Ducati Team, caiu e desistiu na primeira volta, colidindo com Ben Spies, da Yamaha Factory Racing, e forçando o americano a incursão por fora da pista. Enquanto isso, Stoner parecia no caminho certo para mais um triunfo, liderando de forma confortável até que também ele fez uma passagem pela escapatória na quinta volta. "O fim-de-semana estava todo a correr muito bem para nós e fizemos uma boa partida; consegui uma pequena vantagem. O Andrea estava a rodar muito bem com o composto macio e sabíamos que o nosso trabalharia bem lá para o final da corrida, pelo que o ritmo que tínhamos nessa altura era muito confortável. Quando saí da recta oposta tive um ressalto na moto, bati num grande ressalto e a frente foi ao batente, as minhas mãos quase saltaram do guiador. Travei e não havia nada, pelo que tive de os bombear umas vezes; à segunda fez-me saltar um pouco da moto e tive sorte em não cair. Felizmente não bati na parede no final da gravilha, mas é mesmo desapontante porque tínhamos moto para ganhar hoje, mas no final de tudo acho que tenho de estar contente por ter recuperado até ao pódio depois dos azares e erros de outros em pista. Estou desejoso por ir para Phillip Island agora e ver o que consigo fazer lá; tenho de defender a liderança no Campeonato, mas também quero ganhar corridas." Pouco depois foi a vez de Héctor Barberá (Mapfre Aspar) ir ao chão, enquanto Nicky Hayden (Ducati Team) ia além dos limites da pista depois de ter rodado na quarta posição. Lorenzo teve de recuperar algum terreno e progrediu ao longo do pelotão para terminar em segundo, enquanto Stoner ascendeu a terceiro. Simoncelli e Dovizioso cumpriram as suas penalizações e depois deram início a grande batalha para terminarem em quarto, com o piloto da San Carlo Honda Gresini a levar a melhor sobre Dovi, que foi quinto. Seguiram-se três americanos, com Spies em sexto, à frente de Hayden e de Colin Edwards (Monster Yamaha Tech 3). Hiroshi Aoyama (San Carlo Honda Gresini) evitou o drama e terminou em nono, o mesmo se passando com Randy de Puniet (Pramac Racing), mas com este a fechar a lista dos dez primeiros. Crutchlow foi 11º apesar de incursão por fora da pista a que se juntou uma penalização de passagem pela via de boxes. Kousuke Akiyoshi (LCR Honda) foi 12º, com o companheiro de equipa Toni Elías a ficar a zeros na sequência de queda depois de ter chegado a ser sexto. Shinishi Ito (Honda Racing Team) foi o último a terminar a corrida, em 13º, enquanto Damian Cudlin, que rodou no lugar do lesionado Capirossi na Pramac Racing, foi ao tapete quase no fim da corrida e Álvaro Bautista (Rizla Suzuki) caiu quando rodava em quarto. Karel Abraham (Cardion AB Motoracing) decidiu não alinhar na corrida. O checo ainda se está a ressentir da contusão contraída na primeira volta de Aragón.
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