Não era o final que se esperava mas os imprevistos acontecem quando menos se espera. Armindo Araújo e Miguel Ramalho não conseguiram alcançar o objectivo a que se propuseram no derradeiro dia do Rali de França, acabando por abandonar a prova gaulesa na 18ª especial devido a um ligeiro toque numa barreira de cimento que causou danos irrecuperáveis no braço de direcção e roda do lado esquerdo do MINI JCW WRC número 17. Apesar deste inglório desfecho, a dupla portuguesa deixou excelentes indicações de competitividade durante o rali e mostrou que pode continuar a lutar pelos lugares cimeiros nas próximas provas do Mundial de Ralis. Apostado em conseguir subir ao sexto posto da geral, Armindo Araújo partiu para a etapa de hoje bastante motivado e confiante mas acabou por ser traído por uma situação inesperada, logo na primeira especial do dia. “Quando chegamos à primeira curva percebi que existiam umas barreiras de cimento que não estavam colocadas no dia dos reconhecimentos. Não podemos ter batedores e não sabíamos como estavam situadas essas barreiras e fomos apanhados de surpresa. Ainda tentei evitar o pior mas apesar de ter feito a curva já bastante devagar o carro deslizou demasiado e acabei por dar um toque que partiu o braço da direcção e fez recuar a roda. Não estava mesmo à espera deste desfecho mas são situações que fazem parte do jogo”, começou por dizer o piloto de Santo Tirso. Até aqui, a prestação da dupla portuguesa deixou óptimas indicações quanto ao futuro e este infeliz acontecimento não tirou motivação para as duas provas que ainda faltam disputar esta temporada. “Estamos obviamente tristes por não termos conseguido um resultado que seria provavelmente o melhor da minha carreira no WRC mas temos que pensar já no futuro e vamos preparar na máxima força a próxima prova. Tivemos um bom desempenho até aqui e estamos cada vez mais rápidos. Continuamos motivados e confinantes para as batalhas que ainda temos pela frente”, disse ainda o bicampeão do Mundo do PWRC.
Bernardo Sousa, acompanhado do navegador Paulo Babo, terminou, este domingo, o Rali de França no quarto posto na categoria SWRC com o Ford Fiesta S2000, tendo sido 16º classificado da classificação geral absoluta. Para a etapa final, o objectivo do piloto português passava por atingir apenas o final da prova, garantindo a pontuação necessária para subir uma posição no campeonato SWRC, ocupando agora a quarta posição, quando resta apenas uma prova para o final da época. Depois do tempo perdido na primeira etapa, as hipóteses de conseguir um resultado mais expressivo eram quase inexistentes e foi dessa forma que Bernardo Sousa encarou as classificativas finais deste Rali de França. “Este resultado ficou aquém do esperado, com o meu erro no início do rali ficamos desde logo longe do objectivo traçado, mas creio que continuamos a deixar alguns bons indicadores ao longo da prova, mesmo sem andarmos no limite”, referiu Bernardo Sousa, acrescentando: “Hoje o dia correu bem, sem qualquer problema de maior a registar, e limitamo-nos a trazer o carro até ao final. Na Catalunha temos de defender a posição no campeonato, embora já saibamos que matematicamente será muito difícil subir mais na classificação e chegar ao lugar mais baixo do pódio, que era um dos nosso objectivos para este ano. Vamos ter de nos aplicar ao máximo nessa prova e não errar”, concluiu. O Rali da Catalunha vai encerrar a temporada do Team Quinta do Lorde no SWRC, tendo lugar entre os próximos dias 21 a 23 de Outubro.
Como se esperava, Sébastien Ogier venceu o Rali de França, 6,3 segundos na frente de Dani Sordo, em Mini John Cooper Works WRC, que desta forma alcança o melhor resultado da MINI, em provas do WRC, na nova Era. Entretanto Petter Solberg foi desclassificado do Rali de França devido ao seu Citroen DS3 WRC estar quatro quilogramas abaixo do peso mínimo regulamentar, o que promove Mikko Hirvonen ao terceiro lugar da classificação do rali, ganhando dessa forma três pontos adicionais que o colocam com o mesmo número na classificação do Mundial de Ralis, ao lado de Sébastien Loeb.
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