Cumprida a super-especial de Lisboa que esteve repleta de espectadores, os pilotos fizeram três classificativas à noite que tiveram muitos incidentes e provocaram enorme emoção em torno da classificação do Vodafone Rally de Portugal. Várias equipas tiveram saídas de estrada, enquanto outras sofreram com problemas técnicos nos seus carros, muito devido ao facto dos troços serem realizados à noite e das condições climatéricas terem sido instáveis. O destaque foi para o espectacular acidente de Sébastien Loeb. O francês capotou o Citroën DS3 WRC e foi forçado a abandonar a prova na terceira especial. Depois de terem dado espectáculo na super-especial de Lisboa, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, pilotos e co-pilotos enfrentaram três classificativas realizadas à noite, algo que não acontecia no Rali de Portugal há muitos anos. Este ingrediente adicional, em conjunto com a ameaça de chuva, que acabou mesmo por aparecer, foi o suficiente para uma sucessão de acontecimentos que ditaram uma classificação liderada pelos homens da Ford. Com a chuva a cair apenas em algumas zonas dos troços, as especiais apresentavam condições de piso distintas. Alguns pilotos ainda tiveram de lidar com o pó que pairou no ar em determinados momentos, mas quem partia mais atrás já teve de passar em pisos com muita água, em especial na última classificativa, Ourique. Houve também quem tenha sentido dificuldades para pilotar à noite e não se adaptou à fraca visibilidade inerente. Esses confessaram que não se sentiram confortáveis para acelerar e correr o risco de terem um acidente. Para alem de Sébastien Loeb, houve mais pilotos que não conseguiram chegar ao Estádio do Algarve. Dani Sordo foi um deles. O espanhol abandonou após a segunda classificativa do dia com problemas eléctricos no Mini, razão pela qual os faróis falhavam. Outros conseguiram levar o carro até à assistência, mas com bastante sacrifício. O motor do Ford de Martin Prokop nunca funcionou em pleno. Sébastien Ogier teve problemas de embraiagem e, posteriormente, eléctricos no Skoda Fabia S2000. Por fim, Armindo Araújo saiu de estrada logo na primeira especial da noite e confessou-se frustrado por terminar a etapa na 32ª posição da geral. Um dos pontos de maior interesse do dia esteve relacionado com as tácticas iniciadas pelos pilotos da Ford e da Citroën ainda no dia anterior, após a qualificação. Loeb e Hirvonen optaram por abrir a estrada, enquanto Solberg saiu em 16º e Latvala foi o 17º. Apesar de não haver muito pó, o campeão do Mundo mostrou-se apreensivo com a falta de visibilidade à noite e de ter passado por zonas com muita lama. OS pilotos da Ford também sentiram falta de tracção mas encontraram as especiais em melhores condições depois dos carros que partiram à sua frente terem “limpo” a estrada. Esse foi o principal problema de Loeb, que sofreu por ser o segundo na estrada. A meio da terceira classificativa o francês falhou a passagem por uma curva e acabou por capotar o DS3 WRC. Desta forma, o líder do Mundial perdeu qualquer esperança de voltar a vencer em Portugal, mas tanto o piloto como o co-piloto saíram do acidente sem lesões. Amanhã, Latvala parte para o primeiro troço com uma vantagem de 2,6 segundos sobre Petter Solberg, enquanto Mikko Hirvonen ocupa a terceira posição a cinco segundos do líder do Vodafone Rally de Portugal.
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