Tiago Monteiro pontua na Boavista, Yvan Muller e James Nash repartem vitórias

Depois do que aconteceu na qualificação Tiago Monteiro sabia que seria uma missão quase impossível conseguir chegar aos pontos num circuito como o da Boavista onde as ultrapassagens são pouco prováveis. Mas, o piloto português teve um desempenho notável e mesmo a sair do 17º lugar para as corridas terminou a primeira num brilhante 9º posto e a segunda muito perto dos pontos no 11º lugar, protagonizando excelentes ultrapassagens que deixaram o público em êxtase. Resultados que acabaram por saber a vitória para o piloto português que não escondia a satisfação: "Não tinha nada a perder para estas corridas por isso era dar o tudo por tudo. E foi isso que acabei por fazer. Na primeira prova fiz um bom arranque e consegui subir várias posições. Depois fiquei bloqueado atrás de adversários mais lentos. Pressionei bastante na esperança que cometessem erros mas só mesmo perto do final consegui passá-los. E claro que fiquei feliz", disse o piloto português que mostrou bastante destreza e frieza de espírito para duas ultrapassagens algo arriscadas. Na segunda corrida a posição na grelha mantinha-se mas as afinações do Honda Civic foram completamente alteradas. Tiago entrou em pista ciente que podiam ou não resultar: "E não resultaram tão bem. O carro estava mais difícil de guiar e os adversários mais cautelosos e sem correr grandes riscos. Mas mesmo assim ficámos satisfeitos com o resultado. Foi mais uma fim-de-semana de aprendizagem para toda a equipa", continuou. O apoio de todos quanto se deslocaram à Boavista teve um impacto muito positivo em tudo o que aconteceu: "Tenho de agradecer o infindável apoio. Foi muito dignificante ver que todas as pessoas estavam a torcer por mim. Não consegui o ambicionado pódio mas acho que dei um bom espectáculo e que dignifiquei a bandeira nacional", concluiu Tiago Monteiro que terá cerca de um mês de interregno antes que o WTCC regresse à competição na Argentina. Yvan Muller foi o primeiro vencedor do dia na Boavista, dominando facilmente a corrida, que esteve interrompida com Safety Car devido ao despiste de Fredy Barth. Na frente, não houve grandes novidades. Muller liderou do princípio ao fim no Chevrolet da RML, protegido pelo seu fiel escudeiro Tom Chilton, que se defendia dos ataques de Michel Nykjaer, em carro idêntico mas da equipa Nika. ames Nash venceu de forma incontestada a segunda corrida de WTCC do programa do Circuito da Boavista, mais uma vez marcada pelo muito calor. O piloto inglês arrancou da pole-position e, depois de no arranque se ter imposto a Robert Huff, começou por sentir forte pressão por parte do seu conterrâneo. Nash não teve adversários, deixando Rob Huff a bloquear todos os outros pilotos durante toda a corrida. Huff teve que se defender de Michel Nykjaer durante quase toda a prova, depois de Nykjaer passar Marc Basseng. Pepe Oriola também passou Basseng a duas voltas do fim, depois de forçar ultrapassagens, a Tom Chilton e James Thompson.

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