Quando o primeiro Vectra chegou ao mercado no outono de 1988 – há precisamente 25 anos – tudo naquele modelo era novidade: o nome, a forma e a tecnologia. O novo familiar Opel do segmento médio enfrentava a difícil tarefa de substituir os modelos 1604 e 1904, lançados em 1970, e que tinham evoluído com grande sucesso ao longo de três gerações. A designação Vectra e o ‘design’ aerodinâmico foram inspirados no visual progressista do Omega. Com carroçarias de três e dois volumes, o Vectra estreou novas tecnologias na produção em série e foi o primeiro modelo Opel a poder ter tração às quatro rodas. Por ocasião da mudança de modelo, no final do verão de 1995, o Vectra A tinha sido distinguido com mais de 20 prémios nacionais e internacionais, servira de base técnica para o coupé desportivo Calibra e conquistara, no seu auge, uma quota de mercado de 20 por cento. Com 2,5 milhões de unidades vendidas em toda a Europa, o Vectra debutante tornou-se no familiar médio melhor sucedido da história da Opel até então. Durante um longo período de produção de 18 anos, os modelos 1604 e 1904 (Ascona) tinham vendido mais de 3,9 milhões de unidades, em três gerações. Posta esta fase, quando o Vectra chegou, há 25 anos, passou a representar o futuro. Face ao anterior modelo, apenas havia semelhanças na configuração de tração dianteira e nas dimensões exteriores. De resto, o espaço no habitáculo era muito superior. Com cinco lugares e 530 litros de capacidade de bagageira, o novo Vectra rivalizava com o topo de gama Senator da Opel. E quando se rebatiam as costas dos bancos traseiros, a capacidade de carga aumentava para uns espantosos 840 litros. A Opel dedicara mais de cinco milhões de horas de desenvolvimento na concepção do Vectra. Dessas, cerca de 20.000 horas haviam sido exclusivamente investidas no apuramento aerodinâmico do novo formato de carroçaria. Com um admirável coeficiente de resistência ao ar de apenas 0.29, o Vectra era um dos automóveis mais aerodinâmicos do seu segmento, à semelhança do Omega que lhe serviu de inspiração. Este, já em 1986 tinha trazido uma nova linguagem de ‘design’ e uma nova nomenclatura para a gama de produtos da Opel. O Vectra, concebido para o mercado europeu da década de 90, tinha «um ‘design’ progressista e liderava em matéria de aerodinâmica e tecnologia avançada», conforme rezava o comunicado de Imprensa. As alterações ao nível da arquitectura eram numerosas. Para além de surgir nas opções uma nova transmissão automática de 4 velocidades, que era comandada electronicamente e apresentava três modos de funcionamento (Economia, Sport e Inverno), o Vectra foi o primeiro automóvel ligeiro de produção da Opel a oferecer sistema de tração às quatro rodas. Desenvolvido em cooperação com a Steyr-Daimler-Puch, o sistema apresentava um acoplamento viscoso que permitia a distribuição variável da potência entre os eixos de acordo com as condições de condução e da estrada, e que desacoplava a tração às rodas traseiras durante a travagem para garantir maior estabilidade direcional. Este evoluído sistema de tração integral estava disponível nas versões Vectra com motores 1.8 ou 2.0, ambos a gasolina. O topo de gama era o Vectra 2000 16V 4x4 de quatro portas, equipado com o mítico motor 2.0 DOHC de 4 cilindros com 150 cv de potência. A suspensão traseira independente tinha braços oblíquos e era, na essência, a suspensão do modelo acima, o Opel Omega. A travagem contava com discos nas quatro rodas. O Vectra 2000 16V alcançava a velocidade máxima de 215 km/h e também estava disponível apenas com tração dianteira, ocupando um lugar especial na gama Vectra, com um carácter de elevada ‘performance’ similar ao do Kadett GSi e ao do Omega 3000 24V. À época, o Vectra de entrada de gama era o 1.6 Kat a gasolina, com 75 cv de potência e catalisador de três vias dotado de sonda ‘lambda’ - uma novidade na altura, que veio a reflectir o facto de, pouco mais tarde, a Opel ter-se tornado na primeiríssima marca no mercado a equipar toda a sua gama de produtos com catalisador, do pequeno Corsa ao topo de gama Omega. No Vectra, mais potentes eram as versões 1.8i Kat de 88 cv e 2.0i Kat de 115 cv. A versão com motor Diesel 1.7, com potência de 57 cv, era uma novidade absoluta na gama. O Vectra A estava disponível com duas variantes de carroçaria – o clássico ‘três volumes’ de quatro portas e o ‘dois volumes’ de cinco portas – e quatro níveis de equipamento. A variante de três volumes era comercializada nas variantes GL, GLS ou CD, e a dois volumes na versão GL e na desportiva GT. Esta primeira geração Vectra não contou com uma ‘station wagon’ como a célebre Voyage da primeira geração 1604 e 1904. Durante o primeiro ano de comercialização desta primeira geração, foram produzidas 364.000 unidades de Opel Vectra e da congénere britânica Vauxhall Cavalier. No final do verão de 1989, a Opel lançou a bela versão de duas portas com a designação Calibra. O Vectra serviu de base técnica para o este marcante coupé desportivo, muito admirado pela aerodinâmica recorde. Escassos 30 meses volvidos, em Abril de 1991, a linha Vectra celebrava a produção da unidade 1.000.000. O desenvolvimento contínuo da gama, cujas variantes e versões eram produzidas em simultâneo nas fábricas da GM na Alemanha, na Bélgica, no Reino Unido e na Turquia, desempenhou um papel fulcral no crescimento deste sucesso. Em 1990 o leque de motorizações foi alargado com o novo motor 1.8 de quatro cilindros com injeção comandada eletronicamente e catalisador (90 cv), e com uma unidade turbodiesel 1.7 (82 cv).
A partir de Junho de 1992, o Vectra tornou-se no único automóvel do seu segmento na Europa a incluir no equipamento de série o sistema de travagem antibloqueio ABS. E em Agosto de 1992 o bestseller da Opel foi dotado de um visual mais moderno com frente redesenhada, pára-choques na cor da carroçaria e equipamento de segurança optimizado com soluções inovadoras como os tensores dos cintos de segurança e reforços contra colisões laterais no interior das portas. Logo a seguir, em 1993, e no espaço de apenas seis meses, vieram juntar-se à gama dois topos de gama totalmente novos, inovadores e com ‘design’ diferente. Na primavera foi lançado o luxuoso Vectra V6, o primeiro Opel deste segmento comercializado com motor de seis cilindros. A unidade V6 constituiu também uma estreia absoluta para a marca: o suavíssimo 2.5 24V ECOTEC de 170 cv foi o primeiro motor Opel com cilindros dispostos em ‘V’. Entretanto, o Vectra GT 16V de 150 cv substituía o Vectra 2000 no papel de topo de gama desportivo. No Outono do mesmo ano, 1993, a família Vectra voltou a crescer com o acréscimo do Vectra Turbo 4x4. Esta versão de elevadas ‘performances’ aliava o sofisticado sistema de tração integral a uma caixa manual de seis velocidades ‘curtas’ e a um motor 2.0 Turbo de quatro cilindros com 204 cv. Este foi o único elemento da primeira geração Vectra a conseguir alcançar uma velocidade máxima de 240 km/h e a ser equipado de série com jantes de liga leve 6 J x 16. A última actualização do Vectra A já antecipava o futuro. Na primavera de 1994 foi apresentado o Vectra CDX com um novo e eficiente motor 2.0 16V de quatro cilindros a gasolina, com 136 cv, o qual viria a ser utilizado com grande sucesso no modelo sucessor Vectra B. Nesta altura, já no seu sétimo ano de produção, o Vectra A ainda ocupava o segundo lugar nas estatísticas de vendas europeias. Quando foi substituído, no final de 1995, o Vectra A tinha vendido algo como 2,5 milhões de unidades, tornando-se, naquele tempo, no modelo de maior sucesso no segmento médio.
Grandes maquinas ainda tenho o meu ai para as curvas 1.7 td isuzo com 455.000 km e ainda esta tudo quase como novo com, ac, abs, turbo intercooler, direção assistida, farois de regalação electrica, espelhos electricos aquecidos, 4 vidros electricos com sistema confort, alarme original, antena electrica, e tudo funciona na perfeição num carro de 1993 grande carro, e mesmo a nivel de interior está ainda quase novo bancos sem rotos ou queimados e quartelas com madira originais
ResponderEliminarOlá,
EliminarEfectivamente o Opel Vectra confirmou-se como uma referência em diversos itens, muitos dos quais os que descreve.
Obrigado pelo seu comentário e volte sempre.
Abraço