A Hyundai venceu as duas primeiras especiais do dia, Sébastien Ogier mostrou, como habitual, uma tremenda consistência na ronda matinal pelos troços de Silves, Ourique e Almodôvar, mas foi o finlandês Mikko Hirvonen que concluiu a etapa inaugural na liderança do Rally de Portugal. “Não é bom, não é bonito. Fizemos o melhor tempo mas não sabia como estavam os pneus. Por isso foi fantástico. Estou a divertir-me muito. Está a ser uma boa luta. Temos um bom tempo, mas amanhã há mais rali.” Mesmo tendo falhado na escolha dos pneus para as especiais da tarde, o finlandês conseguiu subir ao primeiro lugar e partir para a jornada de amanhã com 3,7 segundos de vantagem sobre Ott Tanak. Esta sexta-feira foi, aliás, de sonho para a M-Sport que conseguiu colocar dois Ford Fiesta nas duas primeiras posições do Rally. Depois de uma manhã em que as especiais apresentaram muita lama, a temperatura subiu e os troços secaram. Ogier escolheu os pneus mais duros e foi o mais rápido na primeira classificativa da tarde. Para o francês, a opção foi a mais correcta e decidiu manter tudo como estava. Mas em Ourique 2, o segundo troço da tarde, o piso ainda estava muito molhado e o piloto da Volkswagen não foi além do quinto tempo, mantendo, ainda assim, a liderança. Na derradeira especial do dia, o que parecia ser o melhor acabou por funcionar ao contrário. Os pneus macios foram bem mais eficientes e Ogier não teve argumentos para fazer face aos ataques dos adversários, como Hirvonen, que foram muito mais rápidos. O finlandês venceu o troço e bateu o campeão do Mundo por 8,9s. Com esse resultado, o piloto da M-Sport assumiu o comando, enquanto Ogier caiu para terceiro, a 6,5s do líder. “Tudo bem. Fizemos o que pudemos. Estamos aqui, chegámos ao fim do dia, vamos ver como corre amanhã”, comentava o piloto francês no final. Ott Tanak, intrometeu-se nesta luta e chegou ao parque de assistência em segundo. Também na Hyundai houve motivos para celebrar. Depois das duas vitórias de Sordo logo pela manhã, Neuville assegurou mais um triunfo para o fabricante asiático. Curiosamente, o piloto belga queixou-se que não tinha a melhor afinação no seu i20 WRC. Mas nem tudo foi positivo. O seu companheiro de equipa espanhol perdeu a protecção de carter na penúltima classificativa de hoje e acabou por ceder o quarto posto para Mads Ostberg, o melhor Citroën. A marca francesa não tem conseguido lutar pelos triunfos nos troços mas conta com a consistência do norueguês para se aproximar do pódio. Infelizmente para os seus objectivos, deixou de contar com Meeke no último desafio do dia. O piloto da Irlanda do Norte não segurou o seu DS3 WRC e saiu de estrada na mesma curva em que Elfyn Evans, em Fiesta WRC, tinha abandonado no troço da manhã. O drama acabou por tocar, também, à Volkswagen Motorsport. Jari-Matti Latvala capotou o Polo WRC em Silves 2 e neste momento a equipa está a tentar perceber se o carro está em condições para continuar amanhã sob as regras de Rally 2. No WRC2, Nasser Al-Attiyah venceu as duas primeiras especiais da tarde, mas perdeu tempo na última e viu Jari Ketomaa ganhar para subir a primeiro. O finlandês tem 4,7s de vantagem sobre Al-Attiyah, enquanto Pontus Tidemand é terceiro, a 1m30s. Bernardo Sousa, que está de regresso ao Mundial, ocupa o quinto posto e é o melhor português. O madeirense do Ford Fiesta tem uma vantagem de 2m04,8s sobre Pedro Meireles. Líder do campeonato nacional, o piloto do Skoda Fabia soma, assim, a terceira vitória consecutiva na competição interna e dá mais um passo rumo ao primeiro título. Para o vimaranense, este está a ser um início de época de sonho. Recorde-se que no Vodafone Rally de Portugal apenas a primeira etapa era pontuável para o campeonato de português. No Junior WRC, Alastair Fischer é o mais forte. O jovem piloto já venceu quatro das sete classificativas disputadas. Contudo, Martin Koci bateu a concorrência no derradeiro troço e subiu ao segundo lugar da categoria por troca com Simone Campedelli.
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