Entre 1993 e 2015, viveram-se 22 anos abrilhantados com 15 títulos mundiais para a Citroën: cinco nos Rallye-Raid, oito no WRC e dois no WTCC. Participando na renovação, no crescimento e na conquista de uma nova imagem da Marca, as vitórias no desporto automóvel ancoraram-se profundamente nos genes da Citroën. Na hora do correr do pano sobre a temporada de 2015, a Citroën desvenda os contornos do seu próximo desafio, escolhido para perpetuar os valores de espírito de equipa, de superação e de criatividade. De acordo com a estratégia definida por Carlos Tavares, Presidente da Direcção da PSA Peugeot Citroën, a Marca concentrará o seu envolvimento desportivo num único programa de envergadura mundial. Após um estudo aprofundado do panorama do desporto automóvel contemporâneo, a Citroën considerou manter-se no Campeonato do Mundo de Ralis. Uma opção que poderia parecer evidente olhando para o passado, mas que, no entanto, foi antes de mais ditada por uma visão de futuro. “Com oito títulos mundiais e um número recorde de 94 vitórias, a Citroën possui, efectivamente, um palmarés inegável no WRC”, relembra Linda Jackson, Directora da marca Citroën. “Os ralis são um desporto fascinante, que colocam em evidência a performance, a fiabilidade e a solidez das viaturas e dos homens, em paisagens grandiosas. A disciplina está a atravessar um novo desenvolvimento, com a generalização das transmissões televisivas em directo e a chegada da China ao calendário de 2016. Em 2017, a estreia de uma nova geração de viaturas, anunciadas como muito atractivas, coincidirá com o nosso novo envolvimento. Todos os elementos estarão, assim, reunidos para se escrever um novo capítulo da nossa História. Com uma tal herança, este desafio apenas poderá ser ambicioso, mas iremos abordá-lo com humildade, aumentando gradualmente os nossos objectivos até chegarmos ao topo.” Maiores, mais potentes, mais impressionantes, com imponentes apêndices aerodinâmicos, os World Rally Cars da geração de 2017 irão, assim, suceder às viaturas que surgiram a partir de 2011. Esta ruptura regulamentar permitirá à Citroën Racing partir com armas idênticas às dos seus adversários, após um ano de 2016 consagrado ao desenvolvimento de um novo modelo. “Nunca escondemos o nosso interesse pela regulamentação WRC 2017 e toda a equipa está extremamente motivada por este novo desafio”, explicou Yves Matton, Director da Citroën Racing. “Apreciamos as liberdades acordadas para tornar as viaturas mais espectaculares, mas também a possibilidade de reutilizar os desenvolvimentos efectuados para o motor do Citroën C-Elysée WTCC. Na óptica de gerir eficazmente os nossos recursos, decidimos juntar todos os nossos esforços na concepção e no desenvolvimento do nosso novo World Rally Car. É por isso que a Citroën não participará oficialmente no Campeonato do Mundo de Ralis de 2016. Iremos, evidentemente, continuar a olhar com atenção o que se passará no WRC, assim como com a organização do FIA Junior WRC e o programa no WRC2 do Quentin Gilbert, o Campeão JWRC deste ano.” A Citroën Racing não irá, no entanto, ficar à margem da competição automóvel na próxima temporada. Iniciado em 2014, o programa FIA WTCC continuará pelo terceiro ano consecutivo. Referência da disciplina desde a sua chegada aos circuitos, a equipa Citroën Total terá por objectivo defender os seus títulos de Pilotos e de Construtores. Dois Citroën C-Elysée WTCC serão confiados aos pilotos que venceram seis dos últimos oito títulos mundiais da disciplina: o argentino José María López e o francês Yvan Muller. “Sempre com a vontade de optimizar os nossos recursos, iremos defender os nossos títulos com uma equipa reduzida a duas viaturas oficiais”, prossegue Yves Matton. “Com a chegada de um novo construtor ambicioso, esperamos um nível de concorrência ainda mais elevado. O Pechito e o Yvan têm o hábito de trabalharem em conjunto, com o sucesso da equipa como principal objectivo. No próximo ano, eles deverão estar ainda mais unidos, para possibilitarem à Citroën cumprir o seu programa com sucesso. Confiados a pilotos privados, outros Citroën C-Elysée WTCC poderão ser inscritos pela equipa Sébastien Loeb Racing.” “Os dois últimos anos foram, sem dúvida, os melhores da minha carreira. Sinto-me por isso feliz por continuar esta aventura com a Citroën Racing em 2016”, declarou Pechito López. “Iremos continuar a trabalhar em conjunto, para que o Citroën C-Elysée WTCC continue a ser a referência da disciplina. O nosso objectivo: manter os títulos!” “Estou orgulhoso de ter participado na construção da actual melhor equipa do FIA WTCC. E é um orgulho adicional ter sido convidado para continuar a defender as cores da Citroën”, acrescentou Yvan Muller. “Iremos ter que nos adaptar à nova fisionomia da equipa, mas podemos contar com o talento e a experiência de todos os seus elementos para continuarmos no mesmo nível de excelência.” Por nove vezes Campeão do Mundo com a Citroën, Sébastien Loeb é, também, um dos pilotos mais ecléticos da história do desporto automóvel. 24 Horas de Le Mans, Fórmula 1, GT, Pikes Peak e, é claro, o WTCC, figuram entre as experiências deste prodígio do volante. Como próximo desafio, Sébastien Loeb escolheu enfrentar o Dakar, na companhia do seu fiel navegador Daniel Elena e integrado na equipa Peugeot Sport. Embaixador incontornável da PSA Peugeot Citroën, o alsaciano passa, agora, do vermelho ao azul, em todo um novo capítulo que se abre à sua frente. “Para mim, é uma página que se vira, mas aquilo que quero acentuar hoje é a minha satisfação por ter participado no sucesso da Citroën no WRC e no WTCC,» declarou Sébastien Loeb. "Para lá dos números e dos recordes, vivemos uma magnífica história humana. É incrível constatar que a maior parte dos membros desta equipa excepcional já aqui estão há 15 anos! A sua sede de vitórias e a sua motivação sem limites marcaram-me, mas eu próprio também não estou muito longe disso… Vou continuar no grupo PSA Peugeot Citroën para abraçar um novo desafio.”
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