O Circuito Termas de Rio Hondo, na Argentina, acolheu este domingo a segunda de 19 jornadas daquele que é o mais importante calendário de motociclismo do mundo. Apesar das tréguas temporárias da chuva, uma pista com bastantes zonas húmidas e sujas fora das linhas de trajectória antecipavam um Grande Prémio emocionante, onde as ultrapassagens estariam bastante confinadas. Miguel Oliveira descolou da sétima posição com mais um arranque cirúrgico e atacou de forma destemida a primeira travagem, arrematando quatro posições. Ainda antes da segunda curva, o piloto português reclamou nova posição, mostrando estar a conseguir um bom desempenho da sua KTM. Com seis pilotos mais rápidos a conseguirem destacar-se, Miguel Oliveira envolveu-se, então, numa disputa acesa pelos lugares cimeiros, e a 18 voltas do final da contenda já pressionava o líder, Mattia Pasini, pelo comando da prova. O italiano recusou-se durante algumas voltas a ceder o lugar ao piloto de Almada, que ainda assim mostrou ter um ritmo superior, fazendo várias voltas mais rápidas. A 11 voltas da bandeira axadrezada, o piloto da Red Bull KTM Ajo conseguiu concretizar a ultrapassagem mas, pouco depois, um ataque questionável de Pasini obriga Miguel Oliveira a sair da trajectória para evitar o contacto, perdendo duas posições. O piloto português ainda conseguiu recuperar a liderança mas uma nova manobra do italiano - em tudo idêntica à anterior - voltou a levar o piloto luso a abrir a sua linha e a perder novamente duas posições. Com quatro voltas para o término da corrida e ainda a superar os seus tempos em prova, o piloto almadense ainda conseguiu reduzir a distância para a liderança, mas não o suficiente para a disputar, terminando com um sólido 3º lugar, o seu primeiro pódio da temporada. Miguel Oliveira: “Acho que deixei demasiado 'a porta aberta' em alguns momentos da corrida. Sabia que era uma corrida sem grandes zonas de ultrapassagem. Senti-me bastante forte, o meu ritmo e velocidade estavam lá, mas acho que talvez as minhas trajetórias não tenham sido suficientemente defensivas e também tive a infelicidade de ser tão empurrado para fora e perder muito tempo; a três voltas do fim, o [Xavi] Vierge também me passou e não houve muito que pudesse fazer. Ainda assim é um desfecho bastante positivo, levamos muitos pontos para casa, começamos a voltar à nossa performance normal e estou feliz por conseguir este pódio”. O piloto de Almada soma assim 16 pontos aos 11 já alcançados no Qatar, no arranque da temporada de 2018, mantendo o 5.º lugar da classificação geral do Campeonato do Mundo de Motociclismo em Moto2. A próxima (e terceira) ronda do Campeonato vai ter lugar em Austin, no Texas, entre 20 a 22 de Abril, quando ainda ficam a faltar 16 provas para o desfecho da temporada.
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